Anelantes nEle

As nossas orações no campo,

Em meio as missões, tempestades...

Cachoeiras de areias no deserto.

Subiram como incenso no Altar do Rei,

Ao clamarmos pela vontade do Pai do Amém,

Atento a toda voz, por ser a própria voz.

O vento dEle soprou, como um leão que ruge,

Sem sobra de variação, mas com ousadia e firmeza,

De quem sabe e enxerga o infinito,

Onde nossos olhos não alcançam.

Revelou quem nesta única vida,

Vai segurar nossas mãos com todo o ser.

Em comunhão com o fogo do Amor.

Para adora-Lo atravessando as madrugadas,

Mares com aliança, até o raiar da gloriosa luz,

Em que temos esperança que logo,

Nos chamará para adentrarmos pelos Portões Celestiais.

Na espera do dia em que seremos,

O que desconhecemos, mas sonhamos.

Somos testemunhas vivas dos cuidados do Pai,

Ao ouvi-lo, podemos sentir e ver,

Chuva de bençãos sobre o deserto.

Imensuravelmente maior do que imaginávamos.

Transbordando desde a raiz...

Até quando as estrelas se ausentam.

Teu espírito, teu jeito... Tão dEle.

Retratam os movimentos como nuvens,

Que desfilam pelo céu, em fluxo, correm.

Desaparecem, mas marcam telas na memória.

Sempre dispostas para explorarem mais,

O quanto Ele permitir.

Nada é o mesmo ao teu lado.

Quando me abraça, sinto cócegas na alma,

Me aproximo do Paraíso, além daqui.

O teu perfume transcreve a essência,

Que exala os espinhos de Cristo,

Há história por traz de teus olhos.

Impregnado de temor, peregrina pela Terra.

Enquanto descanso, confio no Senhor

Ao fluir o teu sorrir.

Tudo acontecendo pelo anseio,

Do beijo com a eternidade.

Caminhamos à Ele.

Samantha Schepanski