Tua mão tirou meus pés do chão

Quando Tu tirou meus pés descalços,

Desfalecidos de cansaço,

Pelas correntes frias das lutas.

Na margem do mar.

Sobre a areia molhada.

No olhar entre um feixe de luz,

Pude ver em linha de medida perfeita,

Por debaixo a contemplar.

Entre o crepúsculo no céu,

Quanto representando o fim da tarde,

Em um deserto.

Observei sentindo, refletindo.

Como quem levanta um lençol.

Mas o véu foi rasgado, para isso ter acontecido.

O sangue precioso verteu por nós,

Em íntima compaixão, para a nossa salvação.

Libertação.

Recordo que na água brilhava,

Os Teus reflexos,

Pelo horizonte e o todo que és.

Tua mão levou-me para o Teu rio profundo,

Onde o mergulho é Te pertencer.

Ser imergida ao gozo do Teu querer.

Cair em Teu peito de amor.

Entrega.

Paciência, resiliência, amabilidade fervorosa,

Paixão por Jesus,

Sobrevoar além da maré do mar.

Pois, Tu traz consigo o amor que ultrapassa o nevoeiro,

Por refletir a Tua glória.

Em que jamais nenhuma margem limita a Ti.

Tu quem as conduz e faz pertencer-Te.

Ensina-me passar por elas,

Não como quem passa por vãs passarelas,

Mas desfruta a vitória pacifica da Tua existência.

Samantha Schepanski