Sou teu jardim fechado

Meu Noivo, Tua forma de me amar, Movem as águas do meu Ser. Constrange e arrepia o meu espírito, Em verdade e frutos. Rendem almas a ti.

Como quanto o profundo, Do Vento Consolador, Que assopra o agir em clarão no mundo.

Na delicadeza da expressão do tempo, Que aflora a flor. Expelindo perfume... Do que tu fizestes comigo. À sós, com nós. Destemido, ousado com o destino.

Sinto o gozo das mais finais cifras de harpas, Delirarem no meu ouvido, Em expressões e extensões. Superando as compreensões.

Na alegria do virar da língua para abrir... As palavras que jorram da Fonte. Saltando como suspiros de relaxamento, As gotas de chuva ao solo infértil, E o bailar delas sobre o telhado. Tantos mistérios provém de ti.

Ora, meu amado. Sou tua corça eterna que anseia para te amar, Mais e mais. Fico a contemplar teu cuidado por mim. Muito maior do qual mereço. Mas que me dá paz e prazer.

Quais as formas carnais, Sem ligações espirituais, Não conseguem alcançar o toque, o deleite.

Outrora, era freguês da escassez... Em poesias de bolos de solidões. Agora, reconheço sua majestade e magnitude. Tamanho afeto há em tuas mãos,

Me fazendo crescer. Abundantemente sendo tua semente.

Por tanto amar com zelo, Com a gama que meu olhar é miserável, Em observar.

Tuas exortações, São minhas canções preferidas. Pois, ainda que seja madura, Serei tua criança, Em teus pastos verdejantes por Sarandi, Entre matos, rios e mares.

Ó Pastor da minh'alma, Toma conta de mim. Cuida-me meu Noivo, Como teu bem precioso. Pois, tu és o meu. Além do contato.

Samantha Schepanski